A Hemeroteca Municipla de Lisboa volta dia 23 deAbril a funcionar no Palácio dos Marqueses de Tomar, de onde os seus serviços e espólio foram retirados em Dezembro, por o edifício ameaçar ruir, informa hoje uma nota daquela organismo municipal. A Câmara de Lisboa encerrou temporariamente a Hemeroteca Municipal, dia 5 de Dezembro, por razões de segurança relacionadas com a estrutura do edifico onde está instalada, o Palácio dos Marqueses de Tomar, junto à Igreja de S. Roque, no Bairro Alto. A mesma nota indica que a Hemeroteca abre no Palácio «agora recuperado dos problemas que levaram ao seu encerramento». Na ocasião, fonte camarária disse à Lusa que se tinha verificado «um notório agravamento das fissuras nas paredes e no tecto e no abaulamento do chão do primeiro piso, que é de madeira». Com a reabertura, a Hemeroteca passa a dispor de «novos serviços», nomeadamente «a criação de um serviço de digitalização e imagem para pedidos de digitalização, na biblioteca ou à distância». O recuperado edifício passa também a estar dotado de novos espaços de consulta e leitura, «reorganizados por grandes áreas temáticas, com uma forte aposta no atendimento personalizado», segundo a mesma nota. Alterações também na abertura ao público, passando «a funcionar num horário mais alargado», aos dias de semana entre as 10h às 19h e aos sábados, das 13h às 19h. A exposição documental que reúne fontes e bibliografia existentes no acervo documental da instituição sobre o terramoto de 1755 passará a estar patente no recuperado palácio mandado construir no século XIX para residência da família de António da Costa Cabral, que foi ministro da Rainha D. Maria II. O palácio manteve-se na posse da família até à década de 1970, quando foi adquirido pela edilidade que ali instalou a Hemeroteca Municipal. Ao todo, segundo o seu director, Álvaro de Matos, «só nas salas de leitura, são mais de mil títulos de colecções de jornais e revistas em livre acesso, cruzados com as colecções digitais, numa política que privilegia a simplificação e a desburocratização e as tecnologias da informação no acesso ao conhecimento». Depois do encerramento, os serviços da Hemeroteca estiveram a funcionar no Gabinete de Estudos Olisiponenses, em Benfica. A Hemeroteca Municipal contém 20.000 títulos, publicados desde 1715, num acervo documental que perfaz quase 400.000 volumes. A maior parte do fundo documental data do século XX e o exemplar mais antigo é da Gazeta de Lisboa (1715). Fonte: Diário Digital - 15-04/006
Etiquetas: Acontecimentos, Geral, Hemerotecas |